sábado, 10 de março de 2018

Perda de um Felvinho

Olá a todos os donos de felvinhos,

Eu tinha duas gatinhas com felv, no entanto perdi uma.

Uma delas, a que tinha mais sintomas desta maldita doença, começou com uma anemia leve desde novembro do ano passado. Desde essa altura estive a fazer um anti-anémico (Wehemo), além de medicação apropriada aos sintomas dela: problemas renais crónicos (semintra), baixa imunidade (impromune), e um adicional ao problema renal (Wenefro). 
Em janeiro deste ano, ela fez análises e continuava anémica, embora as defesas (glóbulos brancos) estivessem boas, ou seja, fez uma pausa do medicamento que estimulava a imunidade. Em fevereiro reparei que ela estava a ficar mais magra, e meio esbranquiçada, então levei-a à vet, até porque eu tinha marcado uma ecografia marcada de prevenção (ver como estavam os rins essencialmente). Depois de uma análise de sangue, o hemograma revelou que estava com uma anemia severa, então, procedeu-se a uma transfusão de sangue. Nesse dia, ela voltou meio animada e comia muito. No entanto, passado uma semana, ela voltou a piorar, e o resultado foi ela estar pior do que estava antes da transfusão! Então, fizemos o teste para haemobartonella, cujo resultado foi positivo. Então começou a fazer antibiótico, e como ela mal comia, comecei a dar lhe recovery e a/d (alternando um e o outro) pela seringa, de 20 ML, sendo que lhe dava 3x ao dia, 2 seringas por vez. Então começou a engordar um pouco, mas não parava de ter anemia, então a vet disse que o sistema imunitário estava a destruir todas as células, uma anemia auto-imune, então o melhor seria iniciar o tratamento de corticóides. Inicialmente eu levava ela todos os dias para fazer soro, ferro, vitaminas e o corticóide pelo soro também, mas depois mudou para comprimidos, para não ser massacrada! Resultado final: não curou nada, não regenerou nada, e a medula óssea tinha parado. Ou seja, o vírus estava já em estado terminal, estava a influenciar a maneira de trabalhar da medula, e por isso não havia já muito a fazer. 

Então, na segunda, pedi a eutanásia para ela não sofrer. No domingo ela passou a noite toda a gemer, irrequieta (não queria ficar tapada, pois aqui faz frio), não queria ficar na minha cama, e quando ia à caixinha de areia parecia que tinha corrido uma maratona, pois estava de boca aberta, cansadíssima. Ela estava a sofrer, muito, e por isso tomei essa decisão! Mas sabem, não deixo de sentir culpa por ter tomado esta decisão, embora fosse a que eu podia tomar. Não podia arrastar o sofrimento dela, fiz tudo o que podia e a medicina veterinária ofereceu tudo o que podia! Mas todos temos limites, e infelizmente a medicina veterinária também os tem. Não existe uma cura para este maldito vírus e nenhum medicamento totalmente eficaz. Enfim, tenho agora só uma gatinha, que irei cuidar com todo o carinho e amor, mas irei sentir imensas saudades da minha Tété, que era tão boa, meiga, amiga. A dor ainda é imensa, mas espero que o tempo a transforme apenas numa saudade.

Espero que tenham mais sorte, e que os tratamentos sejam eficazes. 


Obrigado, por este grupo, pelo vosso apoio, carinho e compreensão. Só quem tem felvinhos sabe o sacrifico, amor e desespero que nós, donos, pais, temos com eles. Amor acima de tudo, e paz. 

A Tété

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