Boa tarde donos de Felvinhos,
Este post servirá para vos esclarecer sobre a medicação utilizada para ajudar o gato a suportar a presença do vírus no seu corpo. Infelizmente o FELV não tem cura, e como tal apenas existem medicamentos que ajudam a suprir algumas carências que o gato tem derivado ao vírus. Assim, ao longo da minha experiência com a FELV, utilizei alguns medicamentos, e irei utilizar outros mais que irei postar posteriormente aqui, para ajudar a minha gata que tem FELV. Relembro que esta medicação foi utilizada apenas com a supervisão de um veterinário competente, sendo que ela tem consultas regulares de seguimento de três em três meses, com análises clínicas, entre outros exames quando necessário claro.
A medicação que eu utilizei no FELV foi:
- Interferão (antiretroviral manipulado)
- Impromune (medicamento natural, em comprimidos)
- KimiAdapt (medicamento imunoestimulante, em comprimidos)
Existem mais medicamentos no mercado, principalmente no mercado português, mas estes foram os recomendados pelas veterinárias dela. Como sempre obtive resultados positivos com elas, fui variando uma de outra para continuar a estimular o sistema imunitário da minha gata.
O protocolo (aplicação) destes medicamentos é variado consoante o tipo de medicamento. Claramente, que cada veterinário tem a sua opinião formada sobre o tipo de protocolo, por isso, este protocolo foi estabelecido pelas veterinárias da minha gata. Os protocolos da medicação são os seguintes:
- Interferão
São ampolas manipuladas. Como se trata de um antiretroviral, tem que ser fornecido ao gato diariamente, oralmente, por três meses, tendo depois uma pausa de três meses. Posteriormente é importante alterar o medicamento para outro imunoestimulante, pois o sistema imunitário do gato pode criar resistência a este medicamento.
- Impromune
É um medicamento natural em forma de comprimidos. Normalmente, um gato deve apenas tomar meio comprimido, e são palatáveis. As componentes deste medicamento pretende estimular a imunidade do gato, fazendo com que a medula óssea produza mais glóbulos brancos. Existem diversos protocolos com este medicamento. O primeiro é o gato tomar o medicamento por três meses, todos os dias, fazer análises, parar três meses e retomar ao fim destes. O segundo é tomar todos os dias por um mês, parar um mês, e tomar novamente todos os dias no terceiro mês. O terceiro é misturar a medicação com outra, por exemplo o Interferão, já que a combinação das duas não invadia a sua ação. Os protocolos mais utilizados são os dois primeiros.
- KimiAdapt
É um medicamento natural em forma de comprimidos, que não é muito palatável. Normalmente, um gato toma apenas meio comprimido, mas este comprimido é revestido, e tem um sabor amargo, tornando muitas vezes indesejado ao gato, provocando vómitos. Caso o gato se adapte bem, é bastante eficaz. Existem dois tipos: 105 e 35. O 105 é o mais composto e o mais utilizado. Assim como o Impromune, existem diversos protocolos com este medicamento. O primeiro é o gato tomar o medicamento por três meses, todos os dias, fazer análises, parar três meses e retomar ao fim destes. O segundo é tomar todos os dias por um mês, parar um mês, e tomar novamente todos os dias no terceiro mês. O terceiro é misturar a medicação com outra, por exemplo o Interferão, já que a combinação das duas não invadia a sua ação. Os protocolos mais utilizados são os dois primeiros.
Como indiquei anteriormente, ainda outras medicações, com as quais eu não utilizei, pois todos os mencionados foram os que utilizei nas minhas gatas e os recomendados pelas veterinárias.
Além destes medicamentos orais, existem ainda injecções imunoestimulantes, dadas pelas veterinárias, quando as defesas se encontram muito baixas.
A que utilizei numa das minhas gatas, a que infelizmente faleceu derivado a outras complicações (noutro post conseguem analisar o caso em detalhe), foi o Infermun, que tinha como objetivo estimular o sistema imunitário do gato. O seu protocolo é duas injeções, cada uma com um intervalo de 1 semana, sem falhar. Existe ainda a possibilidade de aumentar esse número de injeções para quatro, com a mesma distância temporal entre si, caso as defesas imunitárias do gato estejam muito baixas.
Além disto, o Infermun injectável já foi utilizado, em determinados gatos, como um antiretroviral. Quando utilizado para esse fim, a sua ação é comprimir o vírus, da mesma maneira que os medicamentos antiretrovirais fazem nos humanos infectados com VIH. As veterinárias fizeram um esquema, que irei aplicar posteriormente à minha gatinha, de um protocolo que implica ir uma vez por semana à clínica para a injecção, por cinco meses.
Assim, o protocolo definido para o Infermun, injectável é:
- 1 injeção;
- 48 horas posteriores, 1 injeção;
- Posteriormente, 1 injeção semanal, devidamente programada, por 5 meses.
Objetivo: diminuir a carga viral do FELV, estimulando ao mesmo tempo a imunidade do gato.
O possível resultado é tornar o gato novamente assintomático, podendo ainda o tornar negativo à presença do vírus. Isto não é um CURA, mas antes uma compressão do vírus, tornando inativo no corpo do gato, evitando assim problemas recorrentes derivado do vírus, como anemia, deficiências renais crónicas, problemas hepáticos, problemas dermatológicos, entre mais.
Eu irei conversar mais com as veterinárias sobre este novo protocolo, e assim que tiver mais resultados irei publicar aqui, no blog, para que saibam mais sobre isto.
Se vocês estão a passar por isto, não desesperem, procurem ajuda de um veterinário, pois o FELV apesar de não ter cura, existem inúmeros medicamentos que podem auxiliar o bem estar do seu gato.
Abraço,
Luís