quinta-feira, 17 de maio de 2018

Medicamento Infermun

Boa tarde a todos,

Este post servirá para vos explicar sobre um medicamento, o Infermun.  

O que é?

O Infermun é um imunoestimulador de suspensão injetável que contém como substância ativa células inativas de Propionibacterium acnes e lipopolissacárido de células de E. coli. 

O que faz?

O Infermun, por ser um imunoestimulador, estimula a produção da imunidade celular no animal. Ao mesmo tempo induz a resposta de anticorpos, para que o sistema imunitário possa reagir contra alguns vírus.

Por quanto tempo?

Depende do objetivo do tratamento. Quando o animal tem defesas baixas, por norma fazem duas a três injeções com um intervalo de uma semana a cada injeção. Caso esteja a cumprir um determinado protocolo de injeções, poderá demorar meses.

É só para cães?

Não. O Infermun foi inicialmente produzido para estimular o sistema imunitário do cão contra a parvovirose, no entanto, já existem várias incidências e atuações eficazes deste medicamento nos gatos.

Qual a eficácia no que respeita ao Felv?

Sendo o Infermun um imunoestimulador, é bastante eficaz para que o gato comece a produzir defesas. Este imunoestimulante é de maior eficácia pois é de suspensão injetável. A sua ação é estimular a produção de defesas, que são suprimidas pela ação da Felv. 

O motivo deste post, sobre este medicamento em específico

A minha gata, a Clarinha, iniciou um protocolo com este medicamento! Anteriormente, tinha utilizado outros medicamentos para estimular o sistema imunitário, mas atualmente achei, em combinação com a médica veterinária, que é importante agirmos enquanto o vírus ainda está numa fase inicial sintomática! Acreditamos, por ela tem poucos sintomas, que ela tem uma boa resposta imunitária contra o vírus, e por isso, aproveitamos para iniciar uma ação mais definitiva.
O protocolo é um conjunto de injeções por cinco meses. Inicialmente, ela fez 2 injeções por semana (48 horas de separação entre cada), por duas semanas. Posteriormente está a fazer uma injeção por semana! O objetivo é que o sistema imunitário seja estimulado, permitindo a que as suas defesas criem anticorpos contra a Felv, tornando este vírus negativo no seu corpo. Esta ação apenas ocorre caso o gato tenha uma boa resposta imunitária. 

É uma cura definitiva?

Não, e nem sempre tem o resultado desejado. Como sabem, a Felv não tem cura, e não existe um medicamento totalmente eficaz que retarde a ação do vírus. No entanto, a medica veterinária já fez este protocolo, com este medicamento, em mais gatos com Felv e Fiv e o resultado tem sido bastante satisfatório. Existem gatos cujo o vírus mantém ativo no corpo, ou seja, continua positivo, mas as suas defesas tornam-se iguais às de um gato saudável. Se, por ação deste protocolo, o sistema imunitário do gato conseguir reagir contra a incidência do vírus, produzindo anticorpos contra este, é possível que se torne negativo. Isto significa que o vírus ficou isolado, e não irá destruir nem atacar a medula óssea, sendo uma grande vantagem para a esperança média de vida do gato. 

A minha sugestão:


Não temos nada a perder em fazer este protocolo. As próprias injeções não são muito caras, no meu caso, são 5€ por injeção, e apesar de ser stressante para o gato, no final virá prevalecer a satisfação de ter uma resposta imunitária positiva. Se apesar deste protocolo, o vírus continuar ativo, poderemos analisar outro tipo de medicação alternativa. O ideal é o gato ser seguido por um profissional de saúde veterinária constantemente. 

Não desistam, e continuem sempre a procurar informações sobre a Felv. 

Boa sorte, donos de Felvinhos 

sábado, 10 de março de 2018

Medicação e FELV

Boa tarde donos de Felvinhos,

Este post servirá para vos esclarecer sobre a medicação utilizada para ajudar o gato a suportar a presença do vírus no seu corpo. Infelizmente o FELV não tem cura, e como tal apenas existem medicamentos que ajudam a suprir algumas carências que o gato tem derivado ao vírus. Assim, ao longo da minha experiência com a FELV, utilizei alguns medicamentos, e irei utilizar outros mais que irei postar posteriormente aqui, para ajudar a minha gata que tem FELV. Relembro que esta medicação foi utilizada apenas com a supervisão de um veterinário competente, sendo que ela tem consultas regulares de seguimento de três em três meses, com análises clínicas, entre outros exames quando necessário claro.

A medicação que eu utilizei no FELV foi:

  • Interferão (antiretroviral manipulado)
  • Impromune (medicamento natural, em comprimidos)
  • KimiAdapt (medicamento imunoestimulante, em comprimidos)

Existem mais medicamentos no mercado, principalmente no mercado português, mas estes foram os recomendados pelas veterinárias dela. Como sempre obtive resultados positivos com elas, fui variando uma de outra para continuar a estimular o sistema imunitário da minha gata.

O protocolo (aplicação) destes medicamentos é variado consoante o tipo de medicamento. Claramente, que cada veterinário tem a sua opinião formada sobre o tipo de protocolo, por isso, este protocolo foi estabelecido pelas veterinárias da minha gata. Os protocolos da medicação são os seguintes:

  1. Interferão
São ampolas manipuladas. Como se trata de um antiretroviral, tem que ser fornecido ao gato diariamente, oralmente, por três meses, tendo depois uma pausa de três meses. Posteriormente é importante alterar o medicamento para outro imunoestimulante, pois o sistema imunitário do gato pode criar resistência a este medicamento.

  1. Impromune
É um medicamento natural em forma de comprimidos. Normalmente, um gato deve apenas tomar meio comprimido, e são palatáveis. As componentes deste medicamento pretende estimular a imunidade do gato, fazendo com que a medula óssea produza mais glóbulos brancos. Existem diversos protocolos com este medicamento. O primeiro é o gato tomar o medicamento por três meses, todos os dias, fazer análises, parar três meses e retomar ao fim destes. O segundo é tomar todos os dias por um mês, parar um mês, e tomar novamente todos os dias no terceiro mês. O terceiro é misturar a medicação com outra, por exemplo o Interferão, já que a combinação das duas não invadia a sua ação. Os protocolos mais utilizados são os dois primeiros.

  1. KimiAdapt
É um medicamento natural em forma de comprimidos, que não é muito palatável. Normalmente, um gato toma apenas meio comprimido, mas este comprimido é revestido, e tem um sabor amargo, tornando muitas vezes indesejado ao gato, provocando vómitos. Caso o gato se adapte bem, é bastante eficaz. Existem dois tipos: 105 e 35. O 105 é o mais composto e o mais utilizado. Assim como o Impromune, existem diversos protocolos com este medicamento. O primeiro é o gato tomar o medicamento por três meses, todos os dias, fazer análises, parar três meses e retomar ao fim destes. O segundo é tomar todos os dias por um mês, parar um mês, e tomar novamente todos os dias no terceiro mês. O terceiro é misturar a medicação com outra, por exemplo o Interferão, já que a combinação das duas não invadia a sua ação. Os protocolos mais utilizados são os dois primeiros.

Como indiquei anteriormente, ainda outras medicações, com as quais eu não utilizei, pois todos os mencionados foram os que utilizei nas minhas gatas e os recomendados pelas veterinárias.

Além destes medicamentos orais, existem ainda injecções imunoestimulantes, dadas pelas veterinárias, quando as defesas se encontram muito baixas.

A que utilizei numa das minhas gatas, a que infelizmente faleceu derivado a outras complicações (noutro post conseguem analisar o caso em detalhe), foi o Infermun, que tinha como objetivo estimular o sistema imunitário do gato. O seu protocolo é duas injeções, cada uma com um intervalo de 1 semana, sem falhar. Existe ainda a possibilidade de aumentar esse número de injeções para quatro, com a mesma distância temporal entre si, caso as defesas imunitárias do gato estejam muito baixas.

Além disto, o Infermun injectável já foi utilizado, em determinados gatos, como um antiretroviral. Quando utilizado para esse fim, a sua ação é comprimir o vírus, da mesma maneira que os medicamentos antiretrovirais fazem nos humanos infectados com VIH. As veterinárias fizeram um esquema, que irei aplicar posteriormente à minha gatinha, de um protocolo que implica ir uma vez por semana à clínica para a injecção, por cinco meses.

Assim, o protocolo definido para o Infermun, injectável é:

  • 1 injeção;
  • 48 horas posteriores, 1 injeção;
  • Posteriormente, 1 injeção semanal, devidamente programada, por 5 meses.

Objetivo: diminuir a carga viral do FELV, estimulando ao mesmo tempo a imunidade do gato.
O possível resultado é tornar o gato novamente assintomático, podendo ainda o tornar negativo à presença do vírus. Isto não é um CURA, mas antes uma compressão do vírus, tornando inativo no corpo do gato, evitando assim problemas recorrentes derivado do vírus, como anemia, deficiências renais crónicas, problemas hepáticos, problemas dermatológicos, entre mais.

Eu irei conversar mais com as veterinárias sobre este novo protocolo, e assim que tiver mais resultados irei publicar aqui, no blog, para que saibam mais sobre isto.

Se vocês estão a passar por isto, não desesperem, procurem ajuda de um veterinário, pois o FELV apesar de não ter cura, existem inúmeros medicamentos que podem auxiliar o bem estar do seu gato.

Abraço,


Luís

Perda de um Felvinho

Olá a todos os donos de felvinhos,

Eu tinha duas gatinhas com felv, no entanto perdi uma.

Uma delas, a que tinha mais sintomas desta maldita doença, começou com uma anemia leve desde novembro do ano passado. Desde essa altura estive a fazer um anti-anémico (Wehemo), além de medicação apropriada aos sintomas dela: problemas renais crónicos (semintra), baixa imunidade (impromune), e um adicional ao problema renal (Wenefro). 
Em janeiro deste ano, ela fez análises e continuava anémica, embora as defesas (glóbulos brancos) estivessem boas, ou seja, fez uma pausa do medicamento que estimulava a imunidade. Em fevereiro reparei que ela estava a ficar mais magra, e meio esbranquiçada, então levei-a à vet, até porque eu tinha marcado uma ecografia marcada de prevenção (ver como estavam os rins essencialmente). Depois de uma análise de sangue, o hemograma revelou que estava com uma anemia severa, então, procedeu-se a uma transfusão de sangue. Nesse dia, ela voltou meio animada e comia muito. No entanto, passado uma semana, ela voltou a piorar, e o resultado foi ela estar pior do que estava antes da transfusão! Então, fizemos o teste para haemobartonella, cujo resultado foi positivo. Então começou a fazer antibiótico, e como ela mal comia, comecei a dar lhe recovery e a/d (alternando um e o outro) pela seringa, de 20 ML, sendo que lhe dava 3x ao dia, 2 seringas por vez. Então começou a engordar um pouco, mas não parava de ter anemia, então a vet disse que o sistema imunitário estava a destruir todas as células, uma anemia auto-imune, então o melhor seria iniciar o tratamento de corticóides. Inicialmente eu levava ela todos os dias para fazer soro, ferro, vitaminas e o corticóide pelo soro também, mas depois mudou para comprimidos, para não ser massacrada! Resultado final: não curou nada, não regenerou nada, e a medula óssea tinha parado. Ou seja, o vírus estava já em estado terminal, estava a influenciar a maneira de trabalhar da medula, e por isso não havia já muito a fazer. 

Então, na segunda, pedi a eutanásia para ela não sofrer. No domingo ela passou a noite toda a gemer, irrequieta (não queria ficar tapada, pois aqui faz frio), não queria ficar na minha cama, e quando ia à caixinha de areia parecia que tinha corrido uma maratona, pois estava de boca aberta, cansadíssima. Ela estava a sofrer, muito, e por isso tomei essa decisão! Mas sabem, não deixo de sentir culpa por ter tomado esta decisão, embora fosse a que eu podia tomar. Não podia arrastar o sofrimento dela, fiz tudo o que podia e a medicina veterinária ofereceu tudo o que podia! Mas todos temos limites, e infelizmente a medicina veterinária também os tem. Não existe uma cura para este maldito vírus e nenhum medicamento totalmente eficaz. Enfim, tenho agora só uma gatinha, que irei cuidar com todo o carinho e amor, mas irei sentir imensas saudades da minha Tété, que era tão boa, meiga, amiga. A dor ainda é imensa, mas espero que o tempo a transforme apenas numa saudade.

Espero que tenham mais sorte, e que os tratamentos sejam eficazes. 


Obrigado, por este grupo, pelo vosso apoio, carinho e compreensão. Só quem tem felvinhos sabe o sacrifico, amor e desespero que nós, donos, pais, temos com eles. Amor acima de tudo, e paz. 

A Tété

terça-feira, 8 de agosto de 2017

Dia Mundial do Gato

Olá a todos.

Feliz dia mundial do gato.

Os nossos companheiros felinos merecem tudo e mais...porque querem sempre mais de qualquer forma!


O dia mundial dos gatos foi criado em 2002 pela International Fund for Animal Welfare. Este dia permite-nos celebrar com os nossos amigos felinos um dia de proteção ao gato e festejo por termos connosco estes amores.

Espero que os que estiverem doentes, neste dia tenham mais alivio :)

Luís

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Fevl - Feline Leukemia Virus

O que é a FELV

Como sabem, para pesquisarem por este nome, a FELV é a leucemia felina, que ao contrário da humana, é um vírus e não cancerígena. No entanto, o conceito de "leucemia felina" foi utilizado devido ao facto que este vírus atacar a medula óssea dos gatos. Não tem cura, e é uma doença progressiva. Afeta o animal de diversas maneiras, com o objetivo de diminuir as defesas dele até falecer. 



Como se transmite a FELV

Para quem não sabe, a FELV é fácil de transmitir. Basta apenas o contacto com a saliva infectada, e se for a longo prazo, será pior. Existem relatos de convívios de gatos com FELV e sem FELV sem a transmissão do vírus. Isso deve-se porque o próprio sistema imunitário pode ter sido capaz de criar um meio de defesa e resistência ao vírus e por isso os outros gatos continuam sem a doença no corpo. No entanto, a melhor maneira de se prevenir é vacinando-os com a vacina.




Deteção da FELV

Para detetar a FELV é feito dois tipos de exames: rápido, feito na clínica através de um dispositivo móvel onde se insere uma gota de sangue, e análise de sangue em laboratório. Por norma, o primeiro se der negativo, o segundo também será negativo. No entanto, se o médico veterinário reparar em alguns sintomas que possam ser típicos da doença é preferível fazer a análise de sangue em laboratório. Uma breve história: uma das minhas gatas tinha tido o exame rápido negativo, e apenas realizou a análise em laboratório porque a outra tinha o exame rápido positivo. Conclusão, o negativo podia ser falso. Mas existem resistências do sistema imunitário ao vírus, e por isso inicialmente o exame rápido deu negativo.



Tratamento da FELV

Apesar desta doença não ter qualquer cura, nem previsão para tal, existem tratamentos para diminuir os sintomas e aumentar as defesas imunológicas dos gatos. Diretamente relacionado com a doença, existem vários medicamentos que estimulam o sistema imunitário, tais como o Impromune, o Refron, o Vetinmune, entre outros. Esses medicamentos são considerados "naturais" pois recorrem a diversas ações de plantas e legumes que estimulam o sistema imunitário do animal. No entanto, existem gatos cuja medicação pode não funcionar, e então é sugerido injeções que servirão para aumentar de forma mais rápida a imunidade ao animal. Por norma, os médicos veterinários sugerem sempre medicação oral, no entanto, quando esta não resulta, passam a uma segunda fase do tratamento.



Complicações da FELV

A FELV diminui o sistema imunitário, atacando a medula óssea do gato, por isso existem inúmeras complicações associadas à doença. Essas complicações envolvem: insuficiência renal, anemia, problemas hepáticos, tumores, diabetes, problemas de estômago, entre mais menos graves. Por isso, é comum um gato ser tratado com mais medicação extra, além da que toma trimestral. 



Lidar com a FELV

A FELV é uma doença crónica que não tem cura. Quando o dono do gato descobre que o seu animal tem esta doença não deve entrar em pânico. Apesar de ser uma doença sem cura, ela tem tratamentos eficazes, e os gatos podem sim viver com a doença sem qualquer tipo de manifestação. É importante também relatar que a medicação é cara, e envolve uma série de cuidados com o gato que, provavelmente, antes não se tinha. Devemos, e temos essa obrigação, de mostrar ao animal que não estamos tristes, pois o gato tem esse tipo de sentimento que poderá afectar a sua saúde. Neste momento o que devemos de fazer é tudo o que estiver ao nosso alcance para que o gato tenha uma ótima qualidade de vida. 



As minhas gatas

Como já tinha relatado em posts (quase há um ano, eu sei...estou bastante atrasado) eu tenho duas gatas com FELV positivo. Têm manifestações da doença, no entanto tenho tentado, dentro as minhas possibilidades, controlar as ações da doença. Como relatei, além da doença existem possíveis complicações posteriores, e foi o que aconteceu: ambas têm insuficiência renal crónica. O que tenho feito é administrado medicação para controlar essa insuficiência. Também tiveram anemia, mas consegui controlar com o WeHemo (detestaram o sabor daquilo). Relativamente à questão renal, eu dou-lhes ração da RoyalCannin Renal + Renal Gatos e Fortekor. Isto permite que os níveis de creatinina sejam "normais". Além disso, elas tomam o Impromune, e quando este não resulta, normalmente apenas numa delas, recorro às injeções (dadas na clínica veterinária). O conjunto disto tudo agrava o valor monetário do tratamento delas, mas vou tentando fazer com que seja possível dar a continuidade a este tratamento. 

Percebo que muitos não o possam fazer, afinal de contas é um valor elevado, e ao contrário da saúde humana, este não tem qualquer comparticipação no estado. Apenas temos a devolução da retenção de IRS, num valor de custos veterinários até 200€/ano. Todos sabemos que isso não é nada, porque as consultas, análises, exames, ração, medicação são bastante elevados. O que podemos fazer é procurar locais onde podemos obter isso de forma mais económica. E garanto-vos que existem sites com valores mais reduzidos. 

Espero que tenham muita sorte com os vossos animais. :)

sexta-feira, 4 de março de 2016

Parabéns às minhas meninas

Olá pessoal,

Esta mensagem é apenas de felicidade. Pois as minhas meninas fizeram 5 aninhos. Parecem duas bebés (:
A Clarinha fez ontem, dia 3 de Março, e a Teté faz hoje, 4 de Março.

Teté e Clarinha


Tirando isso, estão muito bem. Prometo que as próximas mensagens aqui serão sobre a doença. Primeiro irei pesquisar informações fidedignas para não serem induzidos ao erro. Depois irei falar da experiência de ter estas minhas duas bebés com a Felv.

Agradeço a vossa ajuda e apoio.

Boa noite,

Luís

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Criação do Blog - História

Boa noite,

Sempre pensei em criar um Blog, para partilhar as experiências da minha vida, desde a gostos de músicas, a literatura e arte. No entanto, a preguiça era mais forte, e por isso nunca chegava a ter paciência para criar um Blog. 

O que mudou para criar um Blog!

Pois...eu adoptei três gatinhos, primeiro foi a Clarinha, ela veio em Junho de 2011 com três mesinhos para a minha casa. Como já tinha tido um gato antes, mas que vivia sozinho durante anos, e tive pena por isso, achei importante ela ter uma companhia, por isso adoptei mais dois: a Teté e o Pé (de chumbo). A Teté tinha os mesmos meses que a Clarinha, tanto que uma nasceu a dia 3 de Março e a outra a dia 4 de Março de 2011. O Pé era o mais pequenino, ele tinha um mês e meio, nasceu dia 2 de Maio de 2011. A casa era uma alegria, eles eram terríveis, faziam imensas trafulhices... mas eu gostava, embora que por vezes tinha que os por de castigo. Isto tudo durou por dois anos, até Janeiro de 2013.

A História do Pé 

O Pé sempre foi um gatinho muito doentinho. Ele estava sempre a espirrar, e depois de o ter adoptado, 2/3 meses depois, ele teve uma infecção no olho esquerdo. E com isso, desenvolveu pus, entre o músculo do olho e a íris, que levou a uma infecção grave. Ele foi operado e tirou esse olhinho. Por tanto o Pé era um menino doente, mas que era muito guloso. Só para terem uma noção, ele uma vez apanhou a minha mãe no WC, e foi à cozinha, onde a minha mãe estava a preparar um bife (que ainda estava cru sem nada temperado) de frango, e roubou o bife, e fugiu para debaixo da minha cama, comendo o bife todo. (Ahahah) era terrível o Pé. Ele era muito mimado por elas, a minha mãe, a minha avó, a Clarinha e a Teté..todos mimavam o Pé, e ele adorava ser o centro das atenções. Ele detestava brinquedos, mas se as visse a brincar com algo, ia lá atacar e roubar o brinquedo, só que elas eram maiores que ele, por isso no final ele levava umas patadas delas quando elas se apercebiam que era ele que as estava a atacar. Era demais, e eu amava-o muito, por tudo, ser trapalhão, ser meigo, doce, mimado, e fofinho. Este era o Pé. Não sei se perceberam mas eu utilizo sempre o verbo no passado. Pois, ele já faleceu. Foi o primeiro. Como ele era muito doente, tinha sempre o sistema imunitário em baixo, derivado à Leucemia (que eu desconhecia completamente). Por isso, em Janeiro de 2013 ele teve uma anemia grave, que aumentou com o tempo, sendo que eu tinha consultado uma veterinária que, no meu bem ver, não era muito competente, mas a minha mãe confiava nela, por isso deixei andar, nunca pensando que seria tão grave. Depois de uma semana em soro, sendo que ele vinha sempre a casa, ele estava muito fraco, cansado, com dificuldade em respirar, por isso tomei uma das decisões mais difíceis da minha vida, pedir para eutanasiá-lo. Assim ele não sofria mais. Custou-me muito na altura, e eu senti-me muito mal...porque fui mau dono, fui irresponsável, e por isso "desisti" um pouco de pensar nos outros. Este foi o Pé, o meu eterno menino, que ficará sempre gravado no meu coração.
O Pé

As minhas meninas, eu apenas comecei a levar elas ao veterinário com mais frequência no ano passado, porque tinha medo de descobrir a verdade. Que estupidez, se estava lá, não era por não ouvir que isso iria desaparecer. Então, o inevitável, descobri que ambas têm Felv positivo. Por isso estão a fazer os devidos tratamentos para estimular o sistema imunitário, que ao longo deste Blog irei publicar. Espero vos ajudar quem tenha gatinhos com Felv positivo, e que possamos compartilhar uma ajuda e luta contra esta doença que é muito agressiva para os animais felinos.

E pronto, esse foi o motivo pelo qual eu decidi criar este Blog, para mostrar-vos que eu tenho duas meninas que vivem comigo, são os meus tesouros, que têm Felv. E que por detrás disso existe sempre uma história. Por isso, ao longo do tempo vou publicando aqui conteúdos sobre esta doença, os tratamentos delas, as suas reacções, os sintomas, e tudo mais. :) 

Obrigado por estarem a seguir-me.

Luís